terça-feira, 22 de março de 2011

Apresentação da colhedora John Deere 3520.


Divisores de linhas mais cônicos e de maior diâmetro;
Variação da inclinação dos rolos divisores e rolo tombador, ajustados hidraulicamente da cabine;
Facilitam alimentação da colhedora em cana tombada;
Separam melhor a cana entrelaçada, causando menores danos à planta;
Permitem maior velocidade de colheita pela antecipação da separação;
Melhor flutuação resulta em menor dano à estrutura.
Maiores diâmetros (superior e inferior) dos divisores principais de linha, proporcionando maior superfície de contato e maior torque para a ação de divisão das linhas;
Novo ângulo de 46,5º que antecipa o contato do divisor de linha auxiliando a separação da cana


Rolos levantadores


Rolo levantador aberto;
Auxília na eliminação de impurezas minerais da cana;
Favorece um fluxo de cana uniforme sem obstrução


Rolos alimentadores
Rolamentos dos rolos alimentadores montados externamente
Rolos alimentadores superiores com suporte aparafusado;
Batentes de borracha externo, que servem como amortecedores;
Disposição dos rolos com curvatura reduzida, facilitando a passagem da cana pelos mecanismos de limpeza e permitindo uma maior capacidade de alimentação da máquina;
Espaço existente entre os rolos de 203mm: Redução de perdas
Facilidade de manutenção.

Rolo lançador
Impulsão acentuada dos toletes para o cesto, facilitando a ação do extrator primário na limpeza da cana;
Reduz ocorrência de retro-alimentação (perdas);
Melhoria da limpeza.

Cortador de base CACB (copiador de solo)
CACB – Controle Automático de Corte de Base é um sistema exclusivo da John Deere que permite controlar a pressão do motor do cortador de base, bem como a posição e a sensibilidade do mesmo;
Permite melhor controle do corte, tornando-o mais preciso;
Proporciona menor desgaste as facas do corte de base, pois reduz o contato com o solo.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Besouro Migdolus.

O Migdolus é um besouro que, em sua fase larval, ataca e destrói o sistema radicular de várias culturas, entre elas a cana-de-açúcar. As perdas provocadas por esse inseto podem variar de algumas toneladas de cana por hectare até, na maioria dos casos, a completa destruição da lavoura, resultando na reforma antecipada mesmo de canaviais de primeiro corte.
Veja abaixo os danos causados pelo besouro Migdolus em um canavial


terça-feira, 15 de março de 2011

Cana de açúcar. Procedimentos do plantio até a colheita.

Um dos pontos que merece especial atenção do agricultor é a escolha do cultivar para  plantio. Isso não só pela sua importância econômica, como geradora de massa verde e riqueza em açúcar, mas também pelo seu processo dinâmico, pois anualmente surgem novas variedades, sempre com melhorias tecnológicas quando comparadas com aquelas que estão sendo cultivadas. Dentre as várias maneiras para classificação dos cultivares de cana, a mais prática é quanto à época da colheita.
                                                    Preparo de solo.
Tendo a cana-de-açúcar um sistema radicular profundo, um ciclo vegetativo econômico de quatro anos e meio ou mais e uma intensa mecanização que se processa durante esse longo tempo de permanência da cultura no terreno, o preparo do solo deve ser profundo e esmerado. Convém salientar que as unidades sucroalcooleiras não seguem uma linha uniforme de preparo do solo, tendo cada uma seu sistema próprio, variação essa que ocorre em função do tipo de solo predominante e da disponibilidade de máquinas e implementos.
No preparo do solo, temos de considerar duas situações distintas:
- a cana vai ser implantada pela primeira vez;
- o terreno já se encontra ocupado com cana.
No primeiro caso, faz-se uma aração profunda, com bastante antecedência do plantio, visando à destruição, incorporação e decomposição dos restos culturais existentes, seguida de gradagem, com o objetivo de completar a primeira operação. Em solos argilosos é normal a existência de uma camada impermeável, a qual pode ser detectada através de trincheiras abertas no perfil do solo, ou pelo penetrômetro.
Constatada a compactação do solo, seu rompimento se faz através de subsolagem, que só é aconselhada quando a camada adensada se localizar a uma profundidade entre 20 e 50 cm da superfície e com solo seco.
Nas vésperas do plantio, faz-se nova gradagem, visando ao acabamento do preparo do terreno e à eliminação de ervas daninhas.
Na segunda situação, onde a cultura da cana já se encontra instalada, o primeiro passo é a destruição da soqueira, que deve ser realizada logo após a colheita. Essa operação pode ser feita por meio de aração rasa (15-20 cm) nas linhas de cana, seguidas de gradagem ou através de gradagem pesada, enxada rotativa ou uso de herbicida.
Se confirmada a compactação do solo, a subsolagem torna-se necessária. Nas vésperas do plantio procede-se a uma aração profunda (25-30 cm), por meio de arado ou grade pesada. Seguem-se as gradagens necessárias, visando manter o terreno destorroado e apto ao plantio.
Devido à facilidade de transporte, à menor regulagem e ao maior rendimento operacional, há uma tendência das grades pesadas substituírem o arado.
                                                                 Calagem
A necessidade de aplicação de calcário é determinada pela análise química do solo, devendo ser utilizado para elevar a saturação por bases a 60%. Se o teor de magnésio for baixo, dar preferência ao calcário dolomítico.
O calcário deve ser aplicado o mais uniforme possível sobre o solo. A época mais indicada para aplicação do calcário vai desde o último corte da cana, durante a reforma do canavial, até antes da última gradagem de preparo do terreno. Dentro desse período, quanto mais cedo executada maior será sua eficiência.
                                                                    Adubação
Para a cana de açúcar há a necessidade de considerar duas situações distintas, adubação para cana-planta e para soqueiras, sendo que, em ambas, a quantificação será determinada pela análise do solo.
Para cana-planta, o fertilizante deverá ser aplicado no fundo do sulco de plantio, após a sua abertura, ou por meio de adubadeiras conjugadas aos sulcadores em operação dupla.
                                                      Plantio
Existem duas épocas de plantio para a região Centro-Sul: setembro-outubro e janeiro a março. Setembro-outubro não é a época mais recomendada, sendo indicada em casos de necessidade urgente de matéria prima, quer por recente instalação ou ampliação do setor industrial, quer por comprometimento de safra devido à ocorrência de adversidade climática. Plantios efetuados nessa época propiciam menor produtividade agrícola e expõem a lavoura à maior incidência de ervas daninhas, pragas, assoreamento dos sulcos e retardam a próxima colheita.
O plantio da cana de "ano e meio" é feito de janeiro a março, sendo o mais recomendado tecnicamente. Além de não apresentar os inconvenientes da outra época, permite um melhor aproveitamento do terreno com plantio de outras culturas. Em regiões quentes, como o oeste do Estado de São Paulo, essa época pode ser estendida para os meses subseqüentes, desde que haja umidade suficiente.
O espaçamento entre os sulcos de plantio é de 1,40 m, sua profundidade de 20 a 25 cm e a largura é proporcionada pela abertura das asas do sulcador num ângulo de 45º, com pequenas variações para mais ou para menos, dependendo da textura do solo.
Os colmos com idade de 10 a 12 meses são colocados no fundo do sulco, sempre cruzando a ponta do colmo anterior com o pé do seguinte e picados, com podão, em toletes de aproximadamente de três gemas.
A densidade do plantio é em torno de 12 gemas por metro linear de sulco, que, dependendo da variedade e do seu desenvolvimento vegetativo, corresponde a um gasto de 7-10 toneladas por hectare.
Os toletes são cobertos com uma camada de terra de 7 cm, devendo ser ligeiramente compactada. Dependendo do tipo de solo e das condições climáticas reinantes, pode haver uma variação na espessura dessa camada.
                                                             Tratos Culturais
Os tratos culturais na cana-planta limitam-se apenas ao controle das ervas daninhas, adubação em cobertura e adoção de uma vigilância fitossanitária para controlar a incidência do carvão. No que concerne à adubação em cobertura, já foi visto no item adubação e a vigilância fitossanitária será comentada em doenças e seu controle. O período crítico da cultura, devido à concorrência de ervas daninhas, vai da emergência aos 90 dias de idade. O controle mais eficiente as ervas, nesse período, é o químico, através da aplicação de herbicidas em pré-emergência, logo após o plantio e em área total. Dependendo das condições de aplicação, infestação da gleba e eficiência do praguicida, há necessidade de uma ou mais carpas mecânicas e catação manual até o fechamento da lavoura. A partir dai a infestação de ervas é praticamente nula. Outro método é a combinação de carpas mecânicas e manuais. Instalada a cultura, após o surgimento do mato, procede-se seu controle mecanicamente, com o emprego de cultivadores de disco ou de enxadas junto às entrelinhas, sendo complementado com carpa manual nas linhas de plantio, evitando, assim, o assoreamento do sulco. Essa operação é repetida quantas vezes forem necessárias; normalmente três controles são suficientes. As soqueiras exigem enleiramento do "paliço", permeabilização do solo, controle das ervas daninhas, adubação e vigilância sanitária. Os dois últimos tratos culturais encontram-se em itens próprios. Após a colheita da cana, ficam no terreno restos de palha, folhas e pontas, cuja permanência prejudica a nova brotação e dificulta os tratos culturais. A maneira de eliminar esse material (paliço) seria a queima pelo fogo, porém essa prática não é indicada devido aos inconvenientes que ela acarreta, como falhas na brotação futura, perdas de umidade e matéria orgânica do solo e quebra do equilíbrio biológico.
O enleiramento consiste no amontoamento em uma rua do "paliço" deixando duas, quatro ou seis ruas livres, dependendo da quantidade desse material. É realizado por enleiradeira tipo Lely, implemento leve com pouca exigência de potência. Após a retirada da cana, o solo fica superficialmente compactado e impermeável à penetração de água, ar e fertilizantes. Visando à permeabilização do solo e controle das ervas daninhas iniciais, diversos métodos e implementos podem ser usados.
Existem no mercado implementos dotados de hastes semi-subsoladoras ou escarificadoras, adubadeiras e cultivadores que realizam simultaneamente, operações de escarificação, adubação, cultivo e preparo do terreno para receber a carpa química, exigindo, para tanto, tratores de aproximadamente 90 HPs. Normalmente, essa prática, conhecida como operação tríplice, seguida do cultivo químico, é suficiente para manter a soqueira no limpo. Além desse sistema, o emprego de cultivadores ou enxadas rotativas com tração animal ou mecânica apresenta bons resultados. Devido ao rápido crescimento das soqueiras, o número de carpas exigidos é menor que o da cana planta
Pragas e seu controle
A cana-de-açúcar é atacada por cerca de 80 pragas, porém pequeno número causa prejuízos à cultura. Dependendo da espécie da praga presente no local, bem como do nível populacional dessa espécie, as pragas de solo podem provocar importantes prejuízos à cana-de-açúcar, com reduções significativas nas produtividades agrícola e industrial dessa cultura. Dos organismos que a atacam, três merecem destaque pelos danos que causam: os nematóides, os cupins e o besouro Migdolus
Colheita
A colheita inicia-se em maio e em algumas unidades sucroalcooleiras em abril, prolongando-se até novembro, período em que a planta atinge o ponto de maturação, devendo, sempre que possível, antecipar o fim da safra, por ser um período bastante chuvoso, que dificulta o transporte de matéria prima e faz cair o rendimento industrial.

TM 180 New Holland


                      
                            




 





ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Motor   
Modelo - Aspiração 
Powerstar - Turbo
Potência
177 CV (130 kW) - 2.300 rpm 
Toque máximo 
740 Nm - 1400rpm 
Reserva de toque
37%
Número de cilindros - cilindrada
6 - 7,5 l  
Sistema de injeção
Bosch rotativa
Motor emissionado
Standard
Sistema hidráulico 
Pressão máxima de trabalho 
190 bar 
Vazão na bomba
116l / min
Barras inferiores telescópicas
Standard
Válvula de controle remoto
Standard 2 - Opcional 4
Freios
Tipo
discos em banho de oléo
Acionamento
hidráulico, auto (ajustável e equalizável)
Atuação
4 rodas
Transmissão RANGE "COMMAND" 
Velocidade à frente e ar ré
18F x 6R
Inversor
Eletrohidráulico
Tipo disco de embreagem
Multidisco em banho de óleo
Acionamento
Eletrohidráulico
Sistema elétrico 
Alternador Bosch
120 Ah
Bateria
12 V
Capacidade 
Tanque principal
220l
Tanque auxiliar
                                    105l

domingo, 6 de março de 2011

Qual é a faixa de rotação mais apropriada para um motor?

Quando o motor trabalha próximo à rotação de torque máximo ele é mais econômico e menos exigido. Essa é a faixa de uso que normalmente confere maior durabilidade ao motor. O uso do motor na sua faixa mais alta de rotação aumenta o consumo e se ocorrer de forma habitual, compromete sua durabilidade. O uso do motor numa faixa muito baixa, por displicência com a troca de marchas, pode ter seu efeito melhor entendido se comparado à condução de uma bicicleta. Quando o ciclista enfrenta um trecho de aclive e ele não reduz a marcha, suas pernas passam a ser muito mais exigidas. O mesmo ocorre com o conjunto motor-embreagem-câmbio-relação/cardã.

O que é Potência do motor?

Potência é a medida do trabalho realizado numa unidade de tempo. Ela é a medida da capacidade do veículo de desenvolver velocidade. Quanto maior a potência, maior é a capacidade de atingir maiores velocidades. O motor oferece maior potência à medida em que a rotação aumenta. A potência máxima está disponível na rotação máxima.

O que é torque?

Torque corresponde à força de giro exercida em determinado braço de alavanca. Ele é a medida da capacidade que o veículo tem de desenvolver força. O torque máximo, ou máxima capacidade do veículo tracionar uma carga, sempre ocorre numa rotação inferior à máxima. É por isso que quando um veículo de carga passa de um trecho plano da estrada para um trecho de aclive a sua velocidade tende a diminuir. Isso ocorre porque o motor necessita de mais torque para aquela situação e o encontra numa rotação inferior à qual estava. Nessa situação, se a rotação do motor continuar caindo após ter passado pela rotação de torque máximo, o condutor do veículo deverá reduzir sua marcha sob pena do veículo parar. Manuais e catálogos de veículos sempre informam sobre potência máxima, torque máximo e a rotação onde cada um deles ocorre.

Apresentação e história do motor a Diesel.

A criação do primeiro modelo do motor a diesel que funcionou de forma eficiente data do dia 10 de agosto de 1893. Foi criado por Rudolf Diesel, em Augsburg, Alemanha, e por isso recebeu este nome. Alguns anos depois, o motor foi apresentado oficialmente na Feira Mundial de Paris, França, em 1898. O combustível então utilizado era o óleo de amendoim, um tipo de biocombustível obtido pelo processo de transesterificação.
Os primeiros motores tipo diesel eram de injeção indireta. Tais motores eram alimentados por petróleo filtrado, óleos vegetais e até mesmo por óleos de peixe.
Entre 1911 e 1912, Rudolf Diesel fez a seguinte afirmação:
“O motor a diesel pode ser alimentado por óleos vegetais, e ajudará no desenvolvimento agrário dos países que vierem a utiliza-lo... O uso de óleos vegetais como combustível pode parecer insignificante hoje em dia. Mas com o tempo irão se tornar tão importante quanto o petróleo e o carvão são atualmente.”
Um dos primeiros usos do óleo vegetal transesterificado foi o abastecimento de veículos pesados na África do Sul, antes da Segunda Guerra Mundial. O processo chamou a atenção de pesquisadores norte-americanos durante a década de 40, quando buscavam uma maneira mais rápida de produzir glicerina para alimentar, bombas, no período de guerra.
Após a morte de Rudolf Diesel, a indústria do petróleo criou um tipo de óleo que denominou de "Óleo Diesel" que, por ser mais barato que os demais combustíveis, passou a ser largamente utilizado. Foi esquecido, desta forma, o princípio básico que levou à sua invenção, ou seja, um motor que funcionasse com óleo vegetal e que pudesse ajudar de forma substancial no desenvolvimento da agricultura dos diferentes países. A abundância de petróleo aliada aos baixos custos dos seus derivados fez com que o uso dos óleos vegetais caísse no esquecimento. Mas os conflitos entre países e o efeito estufa foram elementos que marcaram de forma definitiva a consciência do Desenvolvimento Auto-sustentável pelos ambientalistas. Dessa maneira, a fixação do homem no campo e o aumento do consumo de combustíveis fósseis fez com que houvesse, mais uma vez, a preocupação com a produção de óleo vegetal para ser utilizado em motores.

A evolução Histórica.

Início Século XX: utilização de óleos vegetais em testes nos motores diesel.
Anos 70: declínio de interesse pelo uso dos óleos vegetais motivado pela abundância e baixo custos dos derivados de petróleo.
Nesta mesma década, devido aos dois grandes choques mundiais que elevaram o preço do petróleo, há a retomada pelos testes com óleo vegetal.
Anos 80: Novo declínio de interesse pelos óleos vegetais.
Anos 90: retomada de interesse devido à pressões ambientalistas e a introdução do conceito de Desenvolvimento Sustentável.
Século XXI: Efeito estufa, guerra, desenvolvimento do setor primário e fixação do homem no campo, fazem com que o investimento na pesquisa, produção e divulgação do biodiesel se espalhem por todo o país através de feiras, encontros, seminários, etc.